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PF inicia operação Sibila contra esquema de criptomoedas

Em um desdobramento da Operação Colossus, que aconteceu em 2022, a Polícia Federal lançou, na quinta-feira (4), a Operação Sibila. O alvo dessa nova ação é uma organização criminosa que estava por trás de um esquema de evasão de divisas utilizando criptomoedas.

Os integrantes dessa organização ainda são investigados por crimes de lavagem de dinheiro no Brasil, e utiliza empresas de fachada para dificultar as investigações. Na capital paulista, a PF cumpriu cinco mandados de prisão temporária e também executou dez mandados de busca e apreensão. Além disso, a Justiça federal em São Paulo determinou o sequestro de valores e o bloqueio dos bens dos investigados, o que foi realizado pela Polícia Federal.

Movimentações bilionárias em criptomoedas

As informações da PF revelam que, em janeiro de 2024, um líder da rede criminosa foi preso. Essa organização movimentou mais de R$ 50 bilhões em criptomoedas entre dezembro de 2020 e janeiro de 2024. As investigações, que começaram em 2022, focaram em corretoras de criptomoedas brasileiras que transacionaram valores sem realizar o KYC, ou seja, o processo de identificação dos clientes.

Além disso, cerca de 1.300 empresas de fachada, administradas por um contador, estavam envolvidas nesse esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas. O objetivo era ocultar a origem dos fundos e dificultar o trabalho das autoridades. Desde 2017, pessoas ligadas a esse esquema permanecem sob investigação.

No entanto, a Polícia Federal não divulgou os nomes dos investigados nesta nova fase da operação, mantendo em sigilo as identidades até o término das apurações. É importante lembrar que um grupo de arbitradores de criptomoedas tem sido o foco das investigações desde 2022.

Segundo a PF, “o grupo dos arbitradores era responsável pela aquisição de grandes quantidades de ativos virtuais no exterior, em países como Estados Unidos, Cingapura e Hong Kong, e pela venda no Brasil. Para isso, realizaram remessas de valores para o exterior superiores a R$ 18 bilhões”.

A primeira fase da Operação Colossus se espalhou por várias cidades do Brasil, mas a nova operação concentrada em São Paulo levanta algumas questões. O nome “Sibila”, que na tradução literal remete a “assobio”, ainda não deixou claro o que motivou essa nova denominação.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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